Pensando a lei de causa e efeito
Os tempos modernos, repleto de desafios existenciais, convida o homem a um contínuo processo de renovação interior. Renascendo na terra, inúmeras vezes, traz em seu íntimo, o conjunto dos valores morais e intelectuais conquistado ao longo de suas existências passadas, onde, pelo uso da vontade, expressou seu livre-arbítrio nas escolhas que as circunstâncias da vida o convidou a participar. O Espírito André Luiz nos esclarece, no livro Evolução em Dois Mundos, que o “Ser viaja no rumo da elevada destinação que lhe foi traçada do Plano Superior, tecendo com os fios da experiência a túnica da própria exteriorização”, ou seja, em cada existência na terra, o Espírito vai construindo a si próprio através das experiências adquiridas que arquiva em si mesmo, como reflexo das seus pensamentos, palavras e atitudes diárias, que escolheu nas relações com a família, com a sociedade, consigo mesmo e com Deus.
Somos aquilo que pensamos e elegemos como norma de conduta para nossa vida. Este patrimônio interior, arquivo da sua conduta, ressurge na vida de cada um em forma de tendências e aptidões, definindo o caráter e a personalidade do Ser. Herdeiro de si mesmo, o homem é o artífice do seu próprio destino, feliz ou infeliz, conforme o direcionamento bom ou mau das suas escolhas. O instrutor Druzo, no livro Ação e Reação, esclarece que “Todo mal por nós praticado conscientemente expressa, de algum modo, lesão em nossa consciência e toda lesão dessa espécie determina distúrbio ou mutilação no organismo”, gerando algum tipo de sofrimento que se expressa na mente, na emoção ou no corpo.
Ninguém foge aos princípios da Lei de Causa e Efeito, entretanto, ninguém está privado de reconstruir o seu caminho, renovando as suas próprias atitudes. Esta tarefa é pessoal e intransferível, exigindo de cada um os melhores esforços em benefício do seu aprimoramento intelectual e moral, em prol da sua evolução.
CARLOS ROBERTO DE SOUZA OLIVEIRA – Presidente da AME-Campina Grande (PB) e 2º Secretário da AME-Brasil
